sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A dança da vida

A dança é para mim muito mais que um divertimento, uma distração.
É muito mais que uma profissão, um trabalho.
A dança, ballet especialmente, é minha história de vida.

Todas as minhas lembranças têm uma relação com o ano que dançei tal espetáculo ou que era aluna de tal professor(a) ou o dia que ensaiava uma coreografia...
Enfim, quando não estou dançando, lembro da dança...
Não significa que não sei fazer outra coisa, que não possa ficar um momento sem pensar em dança...

Como já disse, bailarinas são humanas e podem muito bem viver como uma "pessoa normal"...
A carreira da dança não se separa da vida pessoal. É como qualquer profissão (não disse uma profissão qualquer), se fosse médica, seria sempre chamada por Dra., da mesma forma, sou sempre a bailarina (amiga-bailarina, filha-bailarina, neta-bailarina, irmã, prima, sobrinha, afilhada, enfim, marinabailarina...).
Não tenho problemas em ser conhecida assim, pelo contrário, até gosto quando assim me reconhecem, pois esta foi a vida que eu escolhi e sou feliz por isso.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sonhos...

Não gosto de ouvir música quando estou sem vontade...
E, agora, estou com vontade do silêncio...

Quero o mundo pra mim por um instante em silêncio...
O tempo parado exatamente como está... chovendo lá fora, com pouca luz.

Para que eu consiga fazer o que preciso e me sobre tempo para dançar o que quiser.
E, dançando, possa viver meus sonhos...

Depois disso, pode fazer calor e pode anoitecer... assim dormirei e sonharei...
Para que sonhando, eu possa dançar...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Dança?

O que é dança?
Gestos, puro movimento?

Música dançada? Dançamos a música, na música ou com a música?

Seria, talvez, uma peça sem falas? Teatro do movimento?

Sequência de quadros? Obras de arte, pinturas vivas?

O que é gesto?
E movimento?

O que podemos chamar de dança? Quem diz o que é dança?


Reflita, pense, sua resposta é livre... se não encontrar uma resposta... dance.

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Com base no texto de Suzane K. Langer. In: Sentimento e Forma, cap. 11- Poderes virtuais, pgs177-216.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Bailarinas

Bailarinas são humanas. Dançam como seres mágicos que parecem flutuar. Mas tudo vem com muito esforço e ensaio.
As pontas dos pés, que parecem pisar em nuvens, sentem dor, são machucadas e calejadas.
Seu rosto angelical é desmontado ao apagar das luzes...
Como é lindo ver uma bailarina esbanjando alegria... Não é só encenação, no sorriso está a felicidade do dever cumprido.
Subir num palco é sempre um momento único, indescritível!
Dançar é um dom e também uma prova de dedicação e amor.
É preciso gostar muito do que se faz para renunciar momentos de descanso e diversão para dançar, para ficar horas diárias ensaiando, fazendo aulas, gastando energia, sentindo dor...
Sim, a dor é inevitável. Joelhos, tornozelos, costas, pés. Chega um ponto que o corpo cansa.
Sim, cansamos e sentimos dores... nos coques há cabelo, nas sapatilhas pés, com calos e bolhas. Sentimos fome, bebemos água, andamos também (além de dançar)!
Amamos a dança, é o que tem de melhor para nós, mas temos também uma vida: Família, amigos, problemas e outros motivos para sorrir...
Sim, caros amigos, bailarinas são humanas; dormem, comem, brincam, choram, riem e ainda conseguem dançar!!!